O Quatrilho

“O Quatrilho” é um filme brasileiro lançado em 1995, dirigido por Fábio Barreto e baseado no livro de mesmo nome escrito por José Clemente Pozenato. O filme é ambientado na década de 1910, na região da Serra Gaúcha, no sul do Brasil, e retrata a história de dois casais de imigrantes italianos que vivem na mesma casa e compartilham a mesma vida.

O enredo se desenvolve em torno dos personagens Angelo (interpretado por Alexandre Paternost) e Teresa (Patrícia Pillar), e Massimo (Bruno Campos) e Pierina (Glória Pires). Os dois casais são amigos próximos e vivem em uma comunidade italiana rural, onde cultivam a terra e enfrentam os desafios da vida no campo.

No entanto, a relação entre eles se torna complicada quando Angelo e Teresa começam a se envolver romanticamente, enquanto Massimo e Pierina permanecem casados. O filme explora os conflitos emocionais e morais decorrentes desse triângulo amoroso, além de abordar questões como honra, tradição, lealdade e o papel da mulher na sociedade da época.

“O Quatrilho” foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1996, tornando-se um dos primeiros filmes brasileiros a receber essa honra. O filme é elogiado pela sua cinematografia deslumbrante, performances emocionantes do elenco e pela forma como retrata a cultura e os valores dos imigrantes italianos no Brasil.

Além da indicação ao Oscar, “O Quatrilho” também recebeu diversos prêmios em festivais de cinema ao redor do mundo, consolidando-se como uma obra-prima do cinema brasileiro e um marco na carreira de Fábio Barreto e de todo o elenco e equipe envolvidos na produção.

O diretor

Fábio Villela Barreto foi um renomado diretor, roteirista e produtor de cinema brasileiro. Ele nasceu em Rio de Janeiro em 20 de junho de 1957 e faleceu em 20 de novembro de 2019. Barreto veio de uma família de cineastas; seu pai, Luiz Carlos Barreto, é um produtor e diretor de cinema icônico no Brasil.

Fábio Barreto iniciou sua carreira como assistente de direção em filmes dirigidos por seu pai e por outros diretores renomados. Ele ganhou destaque como diretor na década de 1980, com filmes como “Índia, a Filha do Sol” (1982) e “O Rei do Rio” (1985).

Uma de suas obras mais conhecidas e aclamadas é “O Quatrilho” (1995), baseado no livro homônimo de José Clemente Pozenato. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1996, marcando um importante reconhecimento internacional para o cinema brasileiro.

Além de sua carreira como diretor, Fábio Barreto também atuou como produtor e roteirista em diversos projetos cinematográficos. Ele foi responsável por obras como “Lula, o Filho do Brasil” (2010), uma cinebiografia sobre o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, e “O Quatrilho”, já mencionado.

Infelizmente, em 2009, Fábio Barreto sofreu um grave acidente de carro que o deixou em coma por alguns meses e causou sequelas permanentes. Apesar das dificuldades, ele continuou envolvido com o cinema e tentou retomar sua carreira.

Fábio Barreto deixou um legado significativo no cinema brasileiro, sendo lembrado por seu talento como diretor, sua contribuição para a indústria cinematográfica do país e por suas obras que marcaram gerações de espectadores. Sua morte em 2019 foi lamentada por toda a comunidade cinematográfica brasileira.